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Turismo sustentável em terras indígenas ganha força com autorização da Funai

Duas comunidades indígenas de Mato Grosso receberam a Carta de Anuência emitida pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), autorizando oficialmente a realização de atividades de ecoturismo e etnoturismo em seus territórios.

O documento, válido por três anos, reconhece a legalidade dos projetos turísticos e garante que sejam conduzidos com respeito às tradições, à cultura e ao modo de vida de cada povo.

Turistas podem ouvir muitas histórias do povo Balatiponé-Umutina. (Foto: reprodução)

A autorização foi concedida à Associação Indígena Balatiponé-Umutina, que coordena o plano de visitação na Terra Indígena Umutina, abrangendo seis aldeias, e às Associações Waymare e Halitinã, responsáveis pelo Plano de Visitação Menanehaliti, que contempla cinco aldeias.

Com a anuência da Funai, as aldeias passam a receber visitantes de forma organizada e regularizada, ampliando as oportunidades de geração de renda e valorização das tradições ancestrais.

Para o cacique da etnia Balatiponé-Umutina, Felisberto de Souza Cupudunepá, o documento representa segurança jurídica e reconhecimento institucional:

“A Carta de Anuência reflete a legalidade do nosso projeto. Mostra que estamos trabalhando de forma correta, respeitando as normas, e isso garante tranquilidade tanto para a comunidade quanto para os visitantes. É fundamental para dar continuidade às nossas ações.”

Aldeia Arara Azul
Indígenas da aldeia Arara-azul. (Foto: reprodução)

O líder também ressalta o impacto do turismo na revitalização cultural:

“Os anciões passaram a contar mais as histórias do nosso povo, e os jovens tiveram a oportunidade de conhecer e valorizar essa vivência que estava adormecida. O projeto foi muito significativo para a questão cultural e para melhorar a vida dentro do território.”

A iniciativa insere Mato Grosso no mapa nacional do turismo sustentável em terras indígenas, destacando o compromisso do Estado com ações que integram preservação cultural, conservação ambiental e desenvolvimento socioeconômico.

“Cada visitante que chega a uma dessas aldeias leva consigo um pouco de Mato Grosso para o mundo. É a valorização da diversidade, com respeito às comunidades indígenas e abertura para novas oportunidades”, concluiu a secretária Maria Letícia.

aldeia arara azul 2
Aldeia Arara-azul. (Foto: reprodução)

Ambos os processos contaram com o apoio técnico da Secretaria Adjunta de Turismo, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).

De acordo com a secretária adjunta de Turismo, Maria Letícia Costa, a presença do Governo de Mato Grosso foi decisiva para a estruturação dos planos apresentados à Funai.

“Desde o início, estivemos ao lado das comunidades, não apenas com recursos, mas com apoio técnico para formatar os planos de visitação. A proposta é desenvolver um turismo sustentável, que preserve a cultura indígena e, ao mesmo tempo, promova o desenvolvimento econômico dentro das aldeias”, afirmou.

Para saber mais e criar um roteiro de visitação nas comunidades indígenas, acessos os sites: Plano de Visitação Menanehaliti e Balatiponé-Umutina.

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