A prévia da inflação de março deve apontar desaceleração do ritmo de crescimento dos preços, após uma combinação de devolução do bônus de Itaipu, reajuste das mensalidades escolares e elevação do imposto estadual sobre combustíveis levar o indicador a registrar a maior alta mensal desde março de 2022.
A mediana de 28 projeções para o IPCA-15 indica alta de 0,67% em março, de 1,23% na prévia de fevereiro. As estimativas variam entre 0,35% e 0,84%. O IBGE divulga os dados do IPCA na quinta-feira, às 9h.
O Bradesco espera alta de 0,71% na prévia de março, na esteira do movimento dos preços de alimentos no domicílio e passagens aéreas.
“Por outro lado, espera-se uma desaceleração nos preços da gasolina, devido ao fim do repasse do ICMS, e na energia elétrica, após o impacto pontual do bônus de Itaipu em fevereiro”, diz o banco em comentário semanal.
No acumulado em 12 meses, por outro lado, a inflação deve avançar de 4,95% no IPCA-15 de fevereiro para 5,29%, segundo os economistas consultados. Neste caso, as projeções variam de um piso de 4,95% a um teto de 5,47%.
A meta perseguida pelo Banco Central para a inflação no Brasil tem centro em 3% e teto em 4,50%.