A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou, em vídeo divulgado neste sábado (26), que está vivendo como “exilada política” na Itália, por ser uma “perseguida política” no Brasil. A parlamentar, considerada foragida da Justiça, agradeceu ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) por ter defendido que o governo italiano a acolha.
“Eu queria dizer que hoje acordei com uma notícia muito boa, que é um vídeo do Flávio Bolsonaro falando por mim, pedindo por mim para a Giorgia Meloni , para o Matteo Salvini, que é o vice-primeiro-ministro daqui, pedindo para que me recebessem porque sou uma exilada política, sou uma perseguida política no Brasil”, diz no vídeo.
A gravação foi publicada em uma conta alternativa nas redes sociais e repercutida por portais de notícias no Brasil. A deputada gravou a mensagem após Flávio pedir à Itália que receba a parlamentar. As declarações do senador foram dadas em entrevista ao portal Metrópoles.
“Tudo isso que vem acontecendo só vem facilitar o nosso entendimento aqui, porque se não estivesse acontecendo tudo isso, com a sanção, com uma série de coisas, realmente não daria para entender o que está acontecendo comigo”, disse Zambelli no vídeo. Ela também agradeceu ao advogado Fabio Pagnozzi, que a representa.
A deputada foi condenada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão, além da perda do mandato, por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e adulterar documentos.
A condenação ocorreu em maio e, logo após, a deputada viajou para a Itália, país onde tem cidadania. Zambelli é considerada foragida pela Justiça brasileira. Após sua saída do país, o ministro do STF Alexandre de Moraes solicitou a inclusão do nome da deputada na lista de difusão vermelha da Interpol.
A deputada também responde a outra ação penal no Supremo. Ela é ré acusada de porte ilegal de arma e constrangimento armado, por ter perseguido um homem com pistola nas ruas de São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições de 2022. O julgamento foi suspenso em março após pedido de vista do ministro Kassio Nunes Marques.